A menina no balanço
Sozinha naquele dia,
ela sabia, sim ela sabia.
Mas o coração estava
em luz.
Versificava à medida
do balançar,
pensando o mundo na
ida e na vinda.
No alto, como passa
rápido.
No meio, como é perto
do chão.
Quando se afastava
para traz, pensava:
É verdade... o mundo
se afasta quase sempre.
E eu fico.
Parada um tempo, no
tempo.
Sim, o tempo parava
naquele momento.
Até a respiração.
Até o vôo dos
pássaros.
Até a outra criança
do lado?
O tempo parava como
ela.
Mas a menina sentia a
volta.
O mundo no balanço
e ela o impulsionava
sozinha...
quando triscava os
pés no chão.
Vou mais uma vez e mais alto!
Tenho saudade de brincar num balanço. O impulso que a gente dá pra ir cada vez mais alto me fazia sentir como se fosse ser arremessado pra outro lugar, outro mundo. Acho que é preciso ter muita coragem para se fazer determinadas coisas bobas como essa.
ResponderExcluir...é para coisas bobas é necessário uma coragem extrema!
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