quarta-feira, 4 de julho de 2012


A menina no balanço

Sozinha naquele dia, ela sabia, sim ela sabia.
Mas o coração estava em luz.
Versificava à medida do balançar,
pensando o mundo na ida e na vinda.
No alto, como passa rápido.
No meio, como é perto do chão.
Quando se afastava para traz, pensava:
É verdade... o mundo se afasta quase sempre.
E eu fico.
Parada um tempo, no tempo.
Sim, o tempo parava naquele momento.
Até a respiração.
Até o vôo dos pássaros.
Até a outra criança do lado?
O tempo parava como ela.
Mas a menina sentia a volta.
O mundo no balanço
e ela o impulsionava sozinha...
quando triscava os pés no chão.
Vou mais uma vez e mais alto!

2 comentários:

  1. Tenho saudade de brincar num balanço. O impulso que a gente dá pra ir cada vez mais alto me fazia sentir como se fosse ser arremessado pra outro lugar, outro mundo. Acho que é preciso ter muita coragem para se fazer determinadas coisas bobas como essa.

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  2. ...é para coisas bobas é necessário uma coragem extrema!

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