quinta-feira, 12 de julho de 2012



Sem som

Hoje eu não quero falar de jardins
Nem floridos, nem ressequidos.
Não quero falar de solidão,
de faltas, de saudades...
Muito mesmo de estradas, estrelas
falta de estribeiras, nada.
Nem de mar, cores, rimas, tempo.
Não quero falar de nada.
Quero apenas o poder do silêncio.
Silêncio interno.
Silêncio das batidas do meu coração, para te.
Quero o silêncio dessa caneta.
Quero o silencio da alma perdida, muda, nua...
O silêncio exigido ou dado.
Silêncio de olhos fechados.
Silêncio de todos os meus sentimentos
Silêncio, tristeza, alegria, saudade...
Silêncio, desejo e felicidade.
Silêncio, lembranças da infância.
Não quero ouvir nada.
Nem teus passos
Nem tua respiração perto
Nem a estridente lágrima dos meus olhos no escuro, do teu lado.
Silêncio da minha garganta dado um nó
Silêncio todos os sentimentos
barulhentos nesse corpo ensurdecedor... ao teu lado.

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