sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quarteto (R,E, R, I)
                                    Poema escrito com lágrimas e risos.

Quatro caminhos
Quatro vozes
Quatro corações
E um encontro
No começo, era sem perceber...
Quem diria?
Eu não!
Outras pessoas pareciam e eram mais importantes
Anos passaram e
Deus disse:
-Vocês serão!
As personificações da amizade,
Do companheirismo
Serão num momento triste ou em um alegre
O caminho para a partilha
O lugar do primeiro encontro já não existe, mas Ele disse:
-Vocês serão!
E estarão do lado um do outro
Quando precisarem
Vão inventar motivos para estarem juntos
Porque vocês serão!
Os intocáveis, como se ouviu
Os admirados, como se leu
Os fantásticos, como se chamaram.
E juntos num dia santo
Andaram juntos sobre o mar...
Ouvindo a arrebentação das ondas em silêncio
Depois riram da vida
Dos quatro caminhos
-Vocês serão!
Nas tardes dos domingos
As quatro vozes que se encontrarão
Uma, às vezes, mais alegre do que as outras.
Vocês também passarão por momentos ruins
Mas foi Ele quem disse:
Vocês serão!
E pela vida esses encontros
Concretizarão a amizade
De que pessoas que se acharam
Que até se machucaram
Mas que sempre estarão juntas
Perto ou longe...
As quatro vozes
Estão dentro dos corações de cada um.
Os irmãos que nasceram em ventres separados
Mas que se encontraram
E são somente.
Emanoel, Igo, Richel e Rochelle.
CINZAS

Como uma procissão de incultos
Pessoas completamente entregues
Às batidas de um tambor
Comemorando o quê?
Tentando sair do corpo, para quê?
Anulando seus sentimentos mais secretos...
Já outras, os expondo sem nenhum pudor
Vejam! Olhem a multidão!
De pessoas ocas, loucas, vazias...
E hoje, no que seria uma quarta qualquer
As pessoas vazias voltam a encher-se de horas cheias
Arrependendo-se amargamente
Fechando os olhos de alegria ao lembrar...
Já outras, indiferentes, suspiram: passou...
As procissões, coloridamente, vazias
Passaram!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Corra!

Eu só queria correr para casa
E chorar, chorar, chorar...
Ainda estou no mundo
Mas as vozes, os olhares, os pensamentos que nem ouvi...
Estão aqui.
E o que diabos eu faço aqui?
Nesse mundo de olhares mortos
Ou sedentos de sangue
Eu apenas corro e choro.
Ninguém vê meu choro.
Ninguém enxuga minhas insignificantes lágrimas
Sou apenas ombro molhado de lágrimas alheias.
Ainda choro sem nenhuma mão
Para limpar minhas lágrimas
Já falei muito para os outros:
Mas hoje, eu vou me recolher na minha insignificância
Ninguém sentira falta
Vão apenas lembrar...
A coitada que tentava
E quando não conseguia
Corria para casa
Para chorar e prometer que o
Amanhã seria diferente.
Ondas

Alguns vêm aqui para esquecer
Outros vêm aqui para lembrar
Já eu venho para estar, somente.
Estou aqui e já sou
Todos os sentimentos
Eu sou quase um anjo
Aqui meus segredos ficam expostos
O dono desse lugar não para de me olhar
Distante ou perto
Ele enxerga coisas dentro de mim
...que nem eu conheço.
Cada onda traz um sentimento
Uma lembrança...
Que como uma onda, vem e vai
Uma onda de alegria
Uma onda de melancolia
Uma onda do que eu até sentiria...
Se você estivesse aqui.