CINZAS
Como uma procissão de incultos
Pessoas completamente entregues
Às batidas de um tambor
Comemorando o quê?
Tentando sair do corpo, para quê?
Anulando seus sentimentos mais secretos...
Já outras, os expondo sem nenhum pudor
Vejam! Olhem a multidão!
De pessoas ocas, loucas, vazias...
E hoje, no que seria uma quarta qualquer
As pessoas vazias voltam a encher-se de horas cheias
Arrependendo-se amargamente
Fechando os olhos de alegria ao lembrar...
Já outras, indiferentes, suspiram: passou...
As procissões, coloridamente, vazias
Passaram!
Mais uma grande composição da poetisa caxiense. Não a mais famosa, nem a mais largamente lida, mas a aquela que não expõe suas criações por medo da grande exposição da realidade que faz.
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