Cronologia da solidão
Os dias passam silenciosamente
Sugando tudo de mim
Da minha visão
Da minha força de escrever
Abro os olhos é dia
A esperança é sempre criança
A tarde já me cansa
Ainda tem mais:
A rainha do possível chega
É noite!
Luzes acesas, sombras andam por aqui.
Ando por aí vivendo silenciosamente
Meus dias
Vinte e cinco anos
De “instantes claros e escuros”
Olho para trás, tento ver o que fiz e o que fui até hoje. Conto os anos... é muito tempo. Não consigo pensar que deixei de viver alguma coisa, tive uma vida ligeiramente feliz. Talvez a felicidade para mim não seja uma coisa tão fantástica como nos livros ou na imaginação dos outros. Me sinto melhor agora do que antes, fui ganhando confiança em carregar essa alma e esse corpo ao longo dos anos. Fui me acostumando com minha presença. Até aqui tudo valeu a pena.
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